Apresentação

É professor de filosofia política no curso de graduação em Filosofia e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde coordena o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF/Unifesp). Coordena também o FiloPol – núcleo de filosofia e política (Unifesp/CNPq). É militante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos da Ditadura e ativista das resistências aos modos autoritários de gestão da vida. Tem como caixa de ferramentas conceituais os pensamentos de Michel Foucault, Giorgio Agamben, Beatriz Nascimento, Achille Mbembe, Félix Guattari e Hannah Arendt, bem como nos saberes emergentes de lutas por uma vida digna. Seus principais temas de pesquisa são: violência de estado, lutas e movimentos sociais, ditadura, estado de exceção, democracia, militarização, memória, narrativa, regimes de subjetivação, governo por algoritmos.

Contacto: edson.teles@unifesp.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6673-2234

Publicações

TELES, EDSON. Ação política híbrida e a dissolução da cidadania. REVISTA DE FILOSOFIA MODERNA E CONTEMPORÂNEA, v. v.8, p. 81-103, 2021. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/34494

TELES, EDSON. A memória do corpo calado: das cenas, das questões e dos processos de uma filosofia do cotidiano. REVISTA TRANSVERSOS, v. 1, p. 319-334, 2018. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/transversos/article/view/33709

TELES, EDSON. DIREITOS HUMANOS, AÇÃO POLÍTICA E AS SUBJETIVAÇÕES OCEÂNICAS. Philósophos (UFG) (Cessou em 2000. Cont. ISSN 1982-2928 Revista Philósophos), v. 23, p. 243, 2018. Disponível em: https://revistas.ufg.br/philosophos/article/view/50095

TELES, EDSON. GOVERNAMENTALIDADE ALGORÍTMICA E AS SUBJETIVAÇÕES RAREFEITAS*. KRITERION (UFMG. IMPRESSO), v. 59, p. 429-448, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-512X2018000200429&lng=pt&nrm=iso

TELES, E. L. A.. A ação política entre o discursivo e as estratégias funcionais. Cadernos de Ética e Filosofia Política (USP), v. 4, p. 122-136, 2016. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cefp/article/view/116288

Projetos

CENTRO DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA FORENSE (CAAF/Unifesp):
O Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF/Unifesp) foi criado em 2014, pela da Universidade Federal de São Paulo, por demanda dos familiares de mortos e desaparecidos políticos da Ditadura – que buscavam seus parentes possivelmente lançados na Vala de Perus. A equipe forense multidisciplinar passou a se dedicar à identificação de desaparecidos políticos entre os remanescentes ósseos. A Vala Clandestina de Perus foi criada entre os anos de 1975 e 1976 e nela foram colocadas ossadas de mais quase dois mil indivíduos, muitos deles vítimas da Ditadura. Paralelamente, o CAAF desenvolveu, em parceria com o Centro Latino-Americano da Universidade de Oxford, e com o apoio do Fundo Newton, o projeto de pesquisa “Violência de Estado no Brasil: uma análise dos Crimes de Maio de 2006”. Ambos os projetos resultaram em um acervo que reúne documentação produzida pela imprensa, relatos de familiares das vítimas, de testemunhas e material de perícia por instituições do Estado; assim como mapas, estatísticas, protocolos, entre outros artefatos de análises forenses.

AS BORDAS DO POLÍTICO. ENTRE O DISCURSIVO E AS ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS:
Descrição: O objetivo desta pesquisa é reconhecer e analisar determinadas condições contemporâneas da ação política, notadamente as que se apresentem em suas formas mecânicas ou funcionais, indicando estratégias do agir independentes dos seus aspectos discursivos ou dos projetos políticos a elas relacionados. Nossa hipótese é a de que diante destas condições as categorias tradicionais, tais como a soberania, a representação, as instituições do Estado e da sociedade civil, são insuficientes como instrumentos de compreensão do político. Mesmo as análises que indicam micropolíticas moldadas pelas subjetividades e pelos discursos não nos parecem o suficiente. Nossa questão central é a de que os regimes de produção das subjetividades encontram sua maior produtividade na intersecção ou nas fronteiras entre os modos discursivos e os funcionais, fabricando processos de condução das vidas individuais e coletivas nos quais se operam o controle e o governo da ação política. Para trabalharmos esta conceituação dos limites e alcances do político utilizaremos autores que transitam do tradicional para a ruptura com olhares críticos, tais como: Hannah Arendt (fabricação e biológico na política), Michel Foucault (poder disciplinar e máquinas políticas), Félix Guattari e Gilles Deleuze (servidão maquínica).